segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CXXXV

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mas assim mesmo, não teve jeito. me pára um sujeito... sem noção de nada nem de porra nenhuma, sem um mínimo critério de juízo cabível senta na cadeira que estava vazia da minha mesa. aposto que viu que eu estava sozinho com cara de maluco solitário ou psiquiatra falido e veio realizar uma consulta comigo só pode... é foda sentar numa mesa com mais de uma cadeira vazia! dá nisso.
- falaí! beleza? tudo no esquema dos conformes? _ o sujeito pergunta.
- sim.
- é casado? tem filhos? é solteiro?
- por que você quer saber da minha vida? por acaso, tu tá me dando uma cantada? tu é viado ou algo assim? eu não curto essa onda não, meu chapa...
- e... nada a ver! eu sou facão, cumpade!
- ah porra!
- mas responde a pergunta que eu te fiz!
- por quê?
- se tu quiser, não responde.
- não não não, não tenho droga de ninguém na minha vida!
- porra... já eu, sou casado e tenho 4 filhos. minha mulher já tá me enjoando... meus filhos enchem todo o meu saco... brigam sem parar e ficam correndo pela casa, quebrando tudo! e minha mulher só me olha com cara de azêda... por isso, que eu tenho que ter minhas válvulas de escape.
- e quais são as suas válvulas de escape? já que você não consegue dar no couro com a sua mulher direito.
- tá me chamando de brocha? - porra - ou de viado?
- não.
- então de quê então?
- de nada, só tô dizendo isso porque quando fala que a mulher tá enjoando é porque não a come como deve ser comida. ou você pode mesmo estar virando a casaca mesmo - paro por uns instantes - ah, merda! sei lá da tua vida!!!
- ih, qualé cara!

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