quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CXLVI

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dando prosseguimento a minha peregrinação desnorteada, pronto e presto a esperar qualquer B.O. de coisa alguma acontecer. sempre munido de uma carta às na manga no baralho contra o tédio. a modorra é uma doença para a qual eu tenho meus antídotos. o que eu mais gosto mesmo e não tenho o menor pudor em dizer é de estar o tempo todo à toa na toda a 1.000 p/hora! quando se trata de não fazer nada eu sou bastante rápido, bastante ávido, demasiado veloz. rápido, lépido, rasteiro, célere & certeiro.
por conta disso tudo, eu sempre tenho uns amigos figuras bem amalucados como esse que me depara e para o meu desregrado caminhar.
- mano mano, bicho! tá de bobeira? - eu penso em me hesitar mas não dá tempo para isso - venha até a minha casa para ver uma coisa doida. totalmente louca.
- o que é, mané? - eu, de saco bem lotado, perguntei.
- cara, se liga. meu irmão agora pirou de uma vez! ele tá doido doidinho doidão. . .
- por quê?
- cê não vai acreditar. não vai acreditar!
- fala logo, puta-merda!
- ele construiu uma casa dentro da nossa casa. cara, que doido! ele construiu sua casa própria no interior da sala. e não quer mais sair. cozinha, come, fuma, bebe e vê televisão. tu acredita?? tem até televisão lá dentro! po porra! ele não tá piradão da silva?! hein, o que tu acha dessa situação?
- vamos lá ver isso.
enquanto estamos andando até a sua casa. eu forço para não rir às gargalhadas. umas belas dumas exageradas e convulsivas gargalhadas.

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