sábado, 26 de setembro de 2009

XIX

.



parei para gastar na laísa, a vizinha:
- boa noite, mocinha!
- boa noite, mocinho. ela respondeu.
- boa boa boa boa boa – gargalhei – hahahahahahaha...
- bebeu já hoje?
- não. só comi. respondi.
- comeu quem?
- han. . . se ligou na parada né! êta garota esperta!
- muito escroto você mané. mas é isso aê.

XVIII

.



mas voltando ao que interessa – a descrição da vizinha – cujo nome é laísa – é uma garota com seus recém-completados 18 anos de idade. pretende curtir tudo que lhe for permitido [e quiçá não permitido]. quer levar a vida porenquanto sem compromisso. como por exemplo, se ocupar de um relacionamento sério, um namoro firme. posto que já dissera uma vez ter se machucado muito porcausa de um carinha aí que não a dava o menor valor. que bom para a concorrência! a casa agradece. mais uma garotinha linda e meio compungida solteira na pista...
para curar a ferida, ela pensa em pintar o cabelo de vermelho e as unhas da cor preta e colocar uma tatuagem que ela ainda não imagina como será o desenho da tattoo.
eu a vi numa foto que ela pôs na internet. estava esplêndida encantadora com um sorriso radiante irrompendo em efusões. acho que estava quase nua. não deu pra ver direito, pois a foto que ela tirou foi como um close na sua álgida e límpida face sem nenhuma espinha nem nada. isso até me admira, algo que nessa idade ainda brotam-se fertilmente espinhas, acnes e etcetera. ah como eu sonho trepar com ela dia e noite noite e dia dia e noite noite e dia dia e noite noite noite noite. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ai, laííííííííísaaaaaa.

XVII

.



seu nome é laísa e eu já fico de pau duro só de pensar nela. (aliás, em qualquer mulher que fosse como ela ou não). mas, meu tesão foi acionado agora por causa do sexo anal que eu tô assistindo agora na minha tv a cabo a rabo grande dessa latina sendo carcomida pelo negro arrombador de cofres apertadinhos. e o cofre da latina no final da foda foi todo esfoladinho e foi depositado uma porção de líquidos brancos viscosos e putamente graciosa, ela sorri para câmera em cima da cama. e o filme acaba com essa belíssima cena gran finale.

XVI

.



amanhã eu tô pensando em ficar imberbe. (com carinha bem de bebê com cheirinho de pomada contra assadura e tudo mais). de cara lisa e limpa eu acho que eu vou conseguir dar uns pegas na minha vizinha. tô confiante nisso! mas, por enquanto tenho que ser obrigado a contentar em tocar uma punheta de leve olhando para umas minas de biquíni rebolando na televisão. essa madrugada vai ser bem longa. . .
não consigo escrever nada. não consigo. eu preciso urgentemente de uma foda nova! aaaarrrrgghhh. . . prossigo assistindo as minas de biquíni mergulhando na piscina. não necessito de concentração budista para me excitar para paudurecer. noto que entre elas há uma menina de saia xadrez. será que esta está menstruada? por isso está usando saia? será que essa pergunta além de ser enfadonha é demasiado idiota? não sei... vou deixar essa questão para os universitários! retardatários... que dia a vizinha faz aniversário mesmo? não lembro. entretanto, sei como se chama. o nome dela é. . . . . . . . . . . . . . . . .

XV

.



ela balançava o dedo movimentando para trás que deu a entender que era para entrar em sua residência. pois então fui. sem titubear nem nada, fui logo adentrando direto até o seu quarto. ela acendeu a luz, a lâmpada, eu dei um tapa pra apagar. vorazmente agarrei-a pela cintura e ela de pronto pegou e amaciou com as suas lisas mãos o meu membro que já se enrijecia. tudo isso foi feito no mais absoluto silêncio. exceto, quando chegamos ao orgasmo diversas vezes concomitantemente. Terminado o ato sexual de boa vizinhança caímos no sono e eu ali no quarto dela todo esparramado em sua cama. só de boa-vida.
fala que eu te ausculto
cala que eu te perscruto.

domingo, 20 de setembro de 2009

XIV

.



ela foi contando como anda a sua vida. e eu pouco estava prestando atenção. ao contrário, estava prestando atenção em seu decote, em seus seios quase saltitando em minha direção. quando ela resolveu dar uma pausa no seu discurso. eu me levantei e fui pegar mais uma cerveja e um maço de cigarros carlton para nós dois. ela também fuma.
conforme o passar das horas, as cervejas foram rolando na nossa mesa, o bate-papo foi prolongando até esgotarem todo o estoque de palavras assim como esgotaram todos os mililitros (mls.) de cerveja. fechei a conta. ela quis dar a parte dela. eu recusei. falei a ela que eu era o último dos cavalheiros existentes nesta terra. ela riu e agradeceu. saímos andando, sorrindo somente sem formular uma frase, só sorrindo somente mesmo. ela articulou um gesto com o dedo indicador quando havia acabado de girar a chave em sentido anti-horário para abrir o seu portão.

XIII

.



fala que eu te ausculto
cala que eu te escruto.
foi desse modo que eu me dirigi a uma outra vizinha. esta nada entendia. porém, achou bonito & diferente aquilo tudo que eu improvisei ao pé do seu ouvido. ela quer que eu a chame de morena apenas.
- morena quer tomar uma comigo no bar lá da esquina?
- uma o quê? posso saber?
- seilá!... uma cerveja, um vinho, um conhaque, uma cachacinha, enfim, o que você quiser, mina!
- vamo então!
- ôkei.
fala que eu te ausculto
cala que eu te escruto.

XII

.



assim que eu acordei, resolvi dar uma caminhada no fim da manhã. antes, abri a torneira, joguei um jorros de água na cara. escovei os dentes rapidamente. passei um desodorante roll on nos sovacos. vesti uma bermuda e calcei meus chinelos havaiana. futuquei com as mãos no bolso da bermuda no instante em que já estava andando pela rua e encontrei uma nota de vinte reais amassados. pensei prontamente em ir até a padaria comprar uns seis pães, 250 gramas de presunto e um 1 litro de leite desnatado mais um maço de cigarros hollywood. felicidade! poxa. . . vai dá pra fazer uma boa ceia esperta, uma festa maneira no meu estômago por hora já roncando. mas, naquele átimo que eu futuquei o bolso da bermuda sem lobrigar deixei cair a nota de vinte mangos pela rua. nervoso, atordoado, aturdido, desesperado, fiquei zanzando pela rua toda olhando pro chão, pelas calçadas, meio-fio, olhando cada quebra-mola e nada d’eu encontrar o dinheiro. já me encontrava completamente lôbrego mas não conformado com tal fato. perder R$ 20,00 de acordo com minhas conjecturas atuais é como ganhar na mega-sena acumulada o valor de R$ 5.000.000,00 e sumir com o bilhete sorteado ficando sem receber o prêmio escapando por entre os dedos a chance de virar milionário. exagero de minha parte? ao contrário, de acordo com a minha situação real essa quantia que eu deixei cair em algum lugar pelo caminho irá fazer uma falta que você nem faz idéia!... meu chapa! o que que que eu vou rangar agora no meu café quase almoço? só me resta requentar aquele feijão meio estragado que eu comi no ajantarado de ontem, tacar uma farinha formando um belo concreto empapado. ouviu aquele ditado? quem não tem cão caça com gato.....

XI

.



momento idílio: ontem quando eu havia terminado de ler o Livro dos Sonhos do Jack Kerouac, eu peguei no sono e sonhei que estava navegando, melhor, nadando em nádegas - nádegas femininas, é óbvio - num manancial de bundas. eu nadava numa piscina enorme inundada de rabos, rabos de várias tonalidades raciais: rabos loiros, rabos negros, rabos mulatos, rabos asiáticos, rabos ruivos, rabos albinos. às vezes, essas bundas mostravam seus rostos sorridentes e logo depois voltavam a deslocar seus rabos para frente. a piscina que eu dava as minhas braçadas cheia de nádegas, era uma piscina olímpica bem funda. como não sei nadar – até nado borboleta, de peito eu executei – porém só em sonho mesmo que consegui tal proeza. durante o nado fiquei demasiado excitado. de paudurão mesmo! penetrei pau adentro nos cus à mostra grátis. me diverti bastante. ejaculei, gozei. foi quando eu me afoguei e engoli o meu próprio gozo que era tanto que transbordou toda a piscina olímpica. a partir daí comecei a me transformar num pênis gigante que caminha aterrorizando toda a população casta e pudica. com isso tirei a virgindade de moças que ainda eram puras, principalmente as freiras de plantão, engravidei muitas mulheres, tive milhares de filhos espalhados pelo mundo e a ONU foi obrigada a construir uma camisinha com o molde GGGigante. no entanto, não assumi nenhum filho sequer e nem comi cu de viado. é ruim porra!...!...!...

X

.



peguei um papel a4 em branco, uma caneta azul e sentei no chão poeirento do meu quarto 4x4. comecei um esboço de um poema sem endosso sem tema. donada.

FILHOS
da América Latrina
latindo ais
de guerras demais
e nenhuma paz
miséria mordaz
de merdas anuais
evacuando pelas
vias anais
em que a história
do mundo se desfaz
filhos
da América Ladina
de cães que ladram
quando a caravana
para em cana
na beira do caos
na beira do cais


o que acha? acho que ficou meio chinfrim. sei lá! a intenção foi dizer vomitando esses lances todos. são os filhos desta América Latina Latrina Ladina que convivem quase harmoniosamente com o caos achando tudo banal normal no mal. são reproduzidos pela igonorância. suas ideias & ideais são desenvolvidos no engrenar de toda esta balbúrdia que vivemos a cada milésimo de cada acontecimento. em suma, melhor terminar aqui já não sei mais o qu’estou falando... só sei... que... ! escrever é viagem. escrever é mó viagem. . .

IX

.



ih! olha. olha lá. Deus tá me olhando com seu olho de Shiva perscrutador. tento me esgueirar, desviar da sua mira que me mirifica, me causa uma ânsia acarretando numa irritação anciã. eh, não consigo. resmungo, fungo o meu nariz sujo entupido pelo mofo acre do quarto do meu mafuá.
a porta do quarto abriu sozinha sem ajuda de vento algum.
- quem é que tah aí?! quem quer entrar aqui?! hein?!
o que será que está havendo neste presente prezado momento?
- responde! é você Seu Deus!? quer bater um papinho comigo?, estou me sentindo meio solitário. só tenho a companhia de uma long neck de cerveja skol e um livro qualquer da seleção dos melhores contos do Cortázar. enfim. tou numa maré de ázar, me tira dessa, ô Seu Deus!!!!!
subitamente uma voz em réplica ressoa:
- uuuhuuuu... quem mandou ser burro, meu filho!!

VIII

.


fujo das pessoas como fujo dos anjos e dos demônios. fujo dos humanos como me desvencilho dos deuses e de Deus. escapo dos insanos, porém, os insanos me ensinam a ver a vida de um outro ângulo além da compreensão geométrica, física e metafísica. escondo meus íntimos medos muito embora revelo facilmente os meus impudicos segredos. estertores da agonia se alastram ao correr do dia, do meio-dia do sol queimando os nervos do meu cérebro. mas eu penso, eu ajo, eu fujo e me iludo com tudo nesse mundo fim de fundo mundo um poço profundo nauseabundo sou um vagabundo que ainda luta pela autonomia plena de poder pensar. eu não quero mais fingir.
- seja aquilo que se é quando não se tenta ser. um espírito ao meu lado me dá a dica.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

VII

.




noctâmbulo pela minha rua fiquei cantarolando: vai mandriar, vai mandriar, vai mandriar, vai... mandriar... eu não sei o que eu estava fazendo. um doido varre as suas ideias e depois as espalha no ar.
- eu não falei, eu não falei que o mundo vai explodir, vai acabar! mas o som, esse som zunindo no meu ouvido, esse som tem que continuar... a... tocar!
que diabos ele estava querendo dizer, comunicar? quiçá, deve ter algum sentido em sua loucura que é exatamente a loucura que todos nós sentimos, porém, nunca iremos admitir.

VI

.



bem que você podia me dar a sua buceta vizinha branquinha?! eu sonho com isso diuturnamente. . .

V

.



posso lamber a curva sinuosa do teu rabo, loira? cê estás pedindo... abra a boca é royal! é rolall! homossexuais apenas podem praticar sexo anal. que angústia, augusta! ops! será que o gelo já gelou? yo quiero bebericar más! não consigo de jeito maneira dormir dormir dormir dormir. pqp pqp pqp pqp!!!!!! tenho muito que copular ainda. e tem q haver uma cúpula para liberar a putaria em lugares públicos tem que ter uma lei aprovando isso. até que não é uma má idéia, meus compadres!

IV

.



a legenda do filme pornô que estou vendo: eu vou te foder até o mês que vem. maneiro né? também acho. me considero um testículo ativo doido pra ejacular trilhões de espermatozóides por aí. orquite. artrite. artrose. eu só malho no instante que eu vou trepar. meditar. . . com a bunda de um buda. tem duas lésbicas que querem transar. a lésbica da direita vestiu uma calcinha de pirú preto. e a outra lésbica boqueteia esse pênis. pois é um pena que ele não ejeta nenhuma porra. se quiser eu ofereço o meu falo na tua garganta no teu gargalo. irado!

III

.



pr’eu tocar uma punheta tenho q estar concentrado. o poeta é igual puta. viva o filho da poeta! o poeta nunca poderá ser virgem! escrever é viagem. escrever é mó viagem. . .


II

.



guarda-chuva também é guarda-sol. dor de cabeça de ressaca lembro logo tylenol. há muitos & muitos eu não fumo uma diamba numa roda de samba de bobeira. será que lavaram meu tênis bamba. não saiu de moda pra mim. tô assim assim. odeio hambúrguer com gergelim odeio! ah se o meu pau durin perfurasse a pouca largura e fundura da tua boca...

1

.



estou preparando minha felpuda barba com loção de álcool gel. pronto pra atacar no primeiro round de sexo. você me sorri um sorriso colgate. agradece. o meu membro enrijece. por que você não me mostra o seu seio direito? eu vou falar com a minha mãe sobre isso. eu já bebi vinho demais. caralho como eu quero comer cu! não vou falar com ninguém hoje. achei um esconderijo secreto – teu umbigo. ah se você viesse com a tua calcinha azul encravada no meio das tuas pernas eu iria gozar até amanhã de manhã. dê mais um pouco de vinho do porto portuga. ouço agora um frêmito de gemidos bem alto. o teu vizinho tá te tarando há muito tempo. mas se eu gozar bastante eu vou acabar morrendo de anemia. alegria alegria alegria alegria alegria alegria alegria. carregado de energia estranha. bebida eu peço mais bebida. veneno na hora da partida.

PEQUENO PROPEDÊUTICO

.


Sim. “escrever é viagem. escrever é mó viagem. . .” por isso esse livro – um micro-anti-romance-novelesco - não deve ser lido de cara ou parado no mesmo lugar. As cabeças devem rolar e se enrolar pelos fios instalados clandestinamente nas abóbadas cranianas pela liberdade da invenção, da criação e depois cada pensamento, raciocínio deve ser puxado pelo imã-imaginação que essa obra-prima-de-quinta permite críticas, indagações, gestos obscenos, xingamentos, paramentos ilícitos que servirão para marcar as páginas quando ISSO for realmente um livro impresso. Se porventura, vier algum elogio. Eu não agradeço! Não tenho essa pretensão. A intenção-mor é esculhambar. Afinal, Dom Quixote de Miguel de Cervantes nasceu, foi expelido por motivo de deboche, escracho e sarcasmo agudo e com total revelia à época dos romances de cavalaria. E deu no que deu. Cervantes não esperava que fosse consagrado por ter feito A GENIAL CAGADA LÍRICA LITERÁRIA DE TODOS OS SÉCULOS.
Então, se você ingenuamente vai querer catar debalde alguma clareza mastigada aqui. É o cúmulo do absurdo. Nem adianta, vai perder seu fastidioso tempo. É melhor ler Paulo Coelho, auto-ajuda ou algum Best-seller da moda. Todavia, quem quiser entrar nesse trem sem paradeiro cheio de bêbedos, rameiras, caftinas, músicos e poetas de rua, mendigos, malandros, transviados & afins, eu, você, nós, por exemplo. Suba, pule e entre no próximo vagão. ‘escrever é viagem’. boa viagem!






O próprio.