domingo, 20 de dezembro de 2009

XCIV

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estamos cercados por um invólucro de bêbados. estrépitos, alaridos de cadeiras e mesas se arrastando. sonidos de copos batendo na mesa se quebrando – descuido muito comum entre bêbados embriagados que já estão atravessados no ponto culminante do entorpecimento etílico.
continuamos, prosseguimos em conversas frugais, banais e sexuais. no entanto, quando íamos para o último item a conversa me atraía mais.
- já deu essa xota hoje? – a gostosa I questiona a gostosa II.
- ainda não.
- ela deve de tá coçando então?
- ela tá suada. transpirando muito. e olha que eu tô de saia hein!
- eu acho que hoje eu vou fazer doce, não vou facilitar pra homem nenhum!
- por quê?
- ah porque eu quero fazer um charme. chega um pouco de me oferecer assim de bandeja pra esses safardanas!
- ah já eu não.. . eu vou logo caçar um macho logo pra garantir essa noite mais-ou-menos.
- ‘izé, tá certa! eu vou te acompanhar nessa! se eu ficar de charminho eu vou ficar chupando dedo com água na boca. coisa que eu nunca fiz. eu sempre quando eu saio pra pista arrumo um beijo na boca no mínimo. no zero eu nunca fiquei mesmo, amiga.
- essa parada. ..
as duas estão doidas pra dar.
será que vai rolar?

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