sábado, 12 de dezembro de 2009

LXXXV

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o mano hirsuto diambeiro inspirou-me a ser o que eu quero ser – um digno & despojado andrajoso andejo com devido brio e preparado para seguir uma outra viés de vida. pois é preciso determinação, força de coragem e dedicação para ser como ele: ver a vida de outros ângulos que não os do desenfreio, da ganância, do exibicionismo, do consumismo do ramerrão que esses seres enfadonhos conclamam e proclamam: um mundo abarrotado e abalroado de vis penas capitais metais.
eu não vou mais ao barbeiro! sei que ele não vai passar fome só por minha causa. cabelos & barbas crescerão como as raízes da terra. nem as unhas acho que eu vou cortar só aparar mas as das mãos eu vou deixar crescer um pouco só também para eu viver de violão, cachaça & poesia. tiro o meu chapéu para quem quiser pôr umas moedas senão agradeço a tenção dispensada. por mim tá tudo bem, tudo certo, tudo ok. não vou morrer por conta disso não mermão.
vagabundo também é profissão.
autônomo. é claro! sem carteira assinada. porem já trabalha aposentado.

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