domingo, 20 de dezembro de 2009

XC

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o malandro mulato começa a bater batucado palmas como se estivesse tocando um simulacro de pandeiro. ele assobia esboçando um samba:
‘vou puxar um samba no gogó, filha!’
‘manda aí!’ – a 2ª gostosa melindrosa manifesta-se.

caixa de marimbondo
faixa de moribundo
é luto.

coxa de galinha
roxa da vizinha
é minha.

‘pare de cantar e vamos catar um bar.’ – a primeira melindrosa gostosa cessa o samba do malandro mulato.
‘gostei gostei... gostei. . . hehueuhehue.’ – eu opinando quanto ao samba do mulato – ‘pois vamos simbora!’

vamo vamo sembora
ao romper da aurora
sem nenhuma demora
pela noite afora...
o mulato malandro emenda rimas de partido-alto.

então vamo, vamo agora
porque já passou da hora
eu já tô dando o fora
vocês são cheio de estória...

entrei na onda e embarquei na viagem do malandro.

‘vão parando de gracinha, seus vagabundos!’ – a primeira melindrosa irrita-se um bocado.
‘eles são maneiros... huauhahuahua. . .’ – a segunda melindrosa se adapta ao clima propiciado por mim e pelo malandro mulato.
‘não se avexe, não, belezura. nós já vamos resolver o seu problema’ – o mulato à primeira gostosa.
‘pois é, sei que você tá doido pra me comer denovo.’ – ela replica.
‘beber comer fuder e dormir devem ser os mandamentos fundamentais para a vida normal de todo o ser humano dessa humanidade.’ – filosofo.

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