sexta-feira, 6 de novembro de 2009

LIV

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atravesso o portão. resolvi não me perfumar muito. pois não suporto o olor o odor excessivo desses perfumes pseudo-franceses que vendem por aí – que, inclusive eu ganhei um desses – mas decidi manter a minha fragrância natural de homem másculo & rude.
estacionei defrente a sua casa. toquei a campainha. somente umas duas vezes. a sua mãe aparece nos fundos e deblatera:
- ela já está saindo já!!!!!!
e eu me prontifiquei a responder deblaterando também:
- tá bom, tô esperando aqui!!!
no bem da verdade, eu fiquei aguardando, mofando, plantado na boca do seu portão um pouco mais de meia-hora. como eu odeio esperar! me lembrei de uma música do Tremendão Erasmo Carlos:
“de frente ao coqueiro verde
esperei uma eternidade
já fumei um cigarro e meio
e Narinha não veio...”
todavia não havia nenhum coqueiro muito menos verde. estava sem cigarro porque eu tava ansiando chegar no bar e começar a fumar só lá bebegustando umas cervejas e fazendo meu pito. e tâmara não vem... no entanto do entanto, vai valer a pena esperar. assim espero.
enfim, ela chega formosíssima. sorrirrindo. linda. com um vestidinho rubescente quase tão por pouco indecente. ô clima quente!

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