domingo, 4 de outubro de 2009

XX

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ninguém me liga. ninguém gritou o meu nome no portão daqui de casa me convocando pra alguma zona. então, vou pra rua sozinho assim mesmo. melhor assim. paro em qualquer birosca e tá tudo certo! não vou me esquentar com isso que significa solidão. mas, a solidão é a única fiel amiga do homem. é a única que não pode atrapalhá-lo, ter ciúme doentio por exemplo, ou como correr risco de sofrer traição. nesse âmbito, a solidão têm seus benfazejos.
e passarando pelas ruas até achar um boteco que não esteja tão cheio. pois quero ficar no meu canto sossegado. sem ouvir tanto burburinho, alarido de gente bem bêbeda falando alto com outra gente bem próxima sentada na mesma mesa. é um negócio de louco! eu não entendo. . .
encontro um lugar pra beber tranqüilo. no mesmo instante que chego, avisto sentada perto do balcão sozinha aquela outra vizinha que eu parei pra beber, conversar, trocar uma idéia outro dia. o nome dela é tâmara. tâmara é um fruto da tamareira muito cultivado e apreciado na África, sua polpa é açucarada e comestível. é um fruto raro e bastante bonito como ela como tâmara que também desejo muito levá-la para minha cama e fazer dela meu alimento até de manhã.
tâmara é moreníssima. um jambo-mel que encobre sua pele e ardoura a minha visão. seu corpo é tal-e-qual uma escultura grega – ou seja – geometricamente bem delineado. em suma, não sei como ou o porquê dela dar confiança a mim? um ignoto e néscio poeta frustrado...

Um comentário:

  1. X ao XX

    Gostei de maneira geral do humor, a partir da perda dos vinte reais...(Bem real)

    De repente, dentro do contexto geral do sexo...a conquista ala Bukowsky (To nem ai) da vizinha, soou extitante.

    Foi surgindo tb possiveis personagens? Larissa, Tamara...fico imaginado q vem por ai, vai sair da metalinguagem e partir para luz-camera e ação?

    Vejo depois
    abs

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