terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CXV

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termino de me aprumar. dou aquela mijada pra sair de casa (sempre quando saio de casa, bate um nervoso psicológico acarretando em uma vontade súbita de urinar). bebo uma água com um gosto barrento. tranco a porta com chave e escondo a chave debaixo do jarro de plantas situado na pequena varandinha.
novamente na rua e sempre sempre à procura de alguma coisa sumariamente necessária. acendo o cigarro tranquilizador. o cigarro que ameniza as angústias.
vasculho canto por canto. rastreando todos os lugares que, porventura, possa estar tâmara. em casa eu sei que ela não está, passei por lá, não vi nenhuma movimentação não ouvi nenhum barulho sequer. ela saiu, eu sei que ela saiu, eu sei que ela saiu...
repito num balbucio:
- em casa eu sei que ela não está, passei por lá, não vi nenhuma movimentação não ouvi nenhum barulho sequer. ela saiu, eu sei que ela saiu, eu sei que ela saiu...
todavia, para onde tâmara foi? e não me ligou. . . ela sempre me liga sugerindo algum programa especial. há alguma estranheza no ar. . . não se lobriga uma lógica adequada sobre isso.
ah já me cansei de ir à cata de tâmara. vasculhei todos os locais, todos os arredores deste bairro. basta! vou em direção a zona do puteiro saciar essa sede de sexo minha.

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