segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CXII

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esse poema gazel do Drummond estrugou-me a renovar todos os sentidos do estro que se esgueirava pelas minhas vísceras. uma paixão amorosa ou um amor apaixonante que estava abandonado por mim mediocremente. porém, eu não sei se eu consigo adaptar-me a vida de casal casual caseira. o amor é moroso e sossegado quando este não se encontra intrínseco à paixão.
não interessa! na prática, todo racionalismo torna-se defasado. somos movidos por gostos, gestos, gritos, grunhidos, grilos, gabos, ganas, ganhos, gentes, germes, graças, gás, gozo, grana, gula, guarida, guias, grifos, grumos, grinfas, grimpas, gládios, guerras, gravidade a gravidade grave à guisa de grogues de geração em geração. apenas os impulsos sequiosos justificam o que é o ser humano na realidade.
e não me interessa mais estar nessa joça de fossa sem ter esse grandioso alguém ao meu lado nutrindo os meus rompantes azos de deleite.

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