segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CXI

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depois de molhar o bico com cerveja e de ter presenciado tais cenas bizarras. veio-me uma viperina sede de sexo percorrendo e percorroendo todo o meu corpo. o pulsar das minhas veias é furiosamente latente. eustou latindo como um cão que quer dar um passeio pelo parque à cata de virgens cadelas de madame. assobio assovio vagidos pela sala.
vou farejar tâmara. eustou com saudade mas não quero assumir. orgulho tosco. como estou precisando sentir o seu cheiro fazendo amor em tesão fúlgido espelhado na expressão do seu bel-rosto.
bastou olhar para a sua foto tirada em uma praia qualquer de Natal fazendo pose de bíquini, toda bronzeada e radiante. sobretudo, a vontade também foi fortalecida após ler um poema do Drummond intitulado O chão é cama:

"O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.

E para repousar do amor, vamos à cama."

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