sábado, 15 de maio de 2010

CLXIV

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eu, por minha vez, começo a catar tâmara. ela está totalmente dispersiva. algo que me intriga, pois ela mantêm-se sempre atenta a tudo que se passa. porém, desta feita, ela se mostra abstraída. eu tento atraí-la. tento fazê-la retomar a terra. puxo o papo:
- oi, gata! - estalo os dedos diante de sua face - vamos se curtir! atente-se para a festa aqui. não era você que desejou tanto estar aqui?
- sim. é. isso.
- poizentão?!
- desculpe-me.
- nada, não foi nada. esquece, gostosura.
- ok, gostosão.
- vamos. . . quer - aliso o meu peito estufado - vamos nos 'garrar hoje, minha gostosura?
- mmmhhmmm... acho que eu vou m'embora.
- hhhiiiihhhh... já não tô entendendo mais nada! já vi que eu vou ter que agarrar outro colo quente.
- vai vai vai !
- vou! é isso que eu vou fazer agora.
- tchau!
- até outro momento.
- 'té.
- desculpe-me, tâmara.
- não precisa de desculpas.
- sim. é. isso. não há espaço para desculpas. em outro instante, eu hei de ter-te de JEITO.
e
parto
pra
outra
- ou seja -
almejo, alvejo a dona da casa, da maloca.

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