sábado, 8 de maio de 2010

CLIX

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aterrissamos na referida festa. uma festinha normal como qualquer outra: bebidas – muitas bebidas, drogas – muitas drogas, gentes – malucas e estranhas e esquisitas. mas, sem comidas, petiscos e demais acepipes para afugentar a larica. todavia, isso não é necessário, não faz falta. todos estão apenas querendo beber e gastar a idéia. agitar. docinhos. hahahá. glicose. porra nenhuma! cirrose circulando na veia.
o dono da casa. ou melhor, do terraço é o professor do curso de teatro: um veadinho expansivo e falante que já se aproxima de nós dois dando pintas e pintas:
- oooolá, tammy! que bom que você veio! a festa está uma uva! estávamos esperando ansiosos por você – o professor veadinho dirige o olhar pra mim falando com tâmara – quem é esse bofão que está te acompanhando, minha amiga? que formosura de mulato! uiúi! fiu-fiu pra ele, amiguíssima!
- mulato é o caralho, seu veado! me dá logo uma brêja. anda! o que espera, viadinho?
- nóóósssaaaa... que rústico ele é, hem!!!
- sou rústico mesmo, merda! todo homem deve ter o F³ no nível avançado.
- o que é isso, meu belo rústico?
- "todo homem deve ser feio forte e formal."
- hehehê
- vá buscar a brêja logo para nós dois. estamos secos, porra!
- pare de xingar. você só sabe xingar – tâmara me increpa.
- não. sei beber, fuder e escrever um pouco – quando me dá na telha – respondo.

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