domingo, 20 de setembro de 2009

XIV

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ela foi contando como anda a sua vida. e eu pouco estava prestando atenção. ao contrário, estava prestando atenção em seu decote, em seus seios quase saltitando em minha direção. quando ela resolveu dar uma pausa no seu discurso. eu me levantei e fui pegar mais uma cerveja e um maço de cigarros carlton para nós dois. ela também fuma.
conforme o passar das horas, as cervejas foram rolando na nossa mesa, o bate-papo foi prolongando até esgotarem todo o estoque de palavras assim como esgotaram todos os mililitros (mls.) de cerveja. fechei a conta. ela quis dar a parte dela. eu recusei. falei a ela que eu era o último dos cavalheiros existentes nesta terra. ela riu e agradeceu. saímos andando, sorrindo somente sem formular uma frase, só sorrindo somente mesmo. ela articulou um gesto com o dedo indicador quando havia acabado de girar a chave em sentido anti-horário para abrir o seu portão.

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