domingo, 14 de março de 2010

CLV

.



a cada andada, eu vou sorrindo, exibindo todos os meus mais de 32 dentes para todos os passantes ao meu redor. eu sorrio e digo para cada um deles:
- tranquilidade !
repito:
- tranquilidade !
de novo como um bis, um estribilho, um refrão:
- tranquilidade !
ao bem ver da verdade, há de concordar que todo mundo deseja, mentaliza a paz e o amor. no entanto, para alcançar, para obter a paz e o amor, é preciso antes de tudo, ter toda e total tranquilidade. senão não adianta de nada, não é?
sim.
mas quase ninguém liga para a minha vibe positiva, para os meus bons fluidos em forma de votos apetecidos. apenas um casal de idosos me agradece com fervor:
- muito grato, meu filho! que você tenha toda a sorte do mundo. tudo do bom e do melhor pra ti, meu filho. saúde!
eu reagradeço:
- MUITOBRIGADO.
ainda bambeando, cambaleando. penso em compor um poema. quero escrever. devo parar em algum lugar que tenha papel e caneta.
- ah lááá!!! eureka! bar à vista!
não quero nem beber muito. só vou pedir uma cerva para abrir mais a minha mente. porque eu já tô legal. tô bem sintonizado na energia da hidroponia. eu só quero escrever. papel e caneta, por favor!
sim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário