terça-feira, 10 de agosto de 2010

CLXX

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o telefone toca me acordando. mal tirei uns minutos de pestana. que saco! quem será o babaca que me perturba às duas da tarde de um domingo.
- oi! - digo.
- fala parasita!
- quem é, porra?
- quem é? que estória é essa de quem é? não reconhece essa voz grossa, não, cumpadi?
- ouw não.
- e aí?
- e aí o quê!
desligo o telefone na cara. destruo com a ligação que fez arrancar o meu belo sono.
no entanto, o telefone toca novamente. o cara é insistente.
- oi...
- porra, por que você desligou a porra do telefone na minha cara, cumpadi?
- porra, quem é que tá falando??? eu não sei, saco. . .
- sou eu. o dantes.
- quem?
- o dantes.
- o que que tu queres?
- aí, tá afim de cair na orgia hoje mais tarde?
- hih, mais uma. agora pouco eu tava em uma feroz.
- é mesmo? e como foi, meu cumpadi?
- ah depois lhe conto. vamos então pra essa porra que tu tá me chamando que eu te conto em detalhes, fechou?
- tá topado.
este é mais um amigo porralouca que eu tenho e que me tira do sossego da vida. mas a vida não deve ser vivida a base de marasmos, sofá, cama, cafézinho quente e televisão. a vida é um filme do Bruce Lee com experimentalismos de Godard mesclado ao romantismo de Fellini com fantasias de Buñuel.

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